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a casa era uma ilha ancorada pela paisagem

Tinta acrílica e spray sobre papel, 100 x 70 cm, 2021

 

Esta série de pinturas surgiu a partir de um poema de Ana Cristina Cesar, cujo verso dá título à obra. Lado a lado, elas formam uma espécie de gráfico, de tábua da maré. O mar, aqui representado como uma massa de tinta acinzentada, pesa como concreto na paisagem, de modo a deixar dúvida sobre o que ancora, de fato, a casa: se a âncora, que aparece sempre suspensa, ou se o mar, aqui intranspassável e intransponível. 

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